quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Carta Endereçada Aos Jovens do Brasil

Meu nome é Patrícia, tenho 17 anos, e encontro-me no momento quase sem forças. Pedi à enfermeira Dani, minha amiga, para escrever esta carta que será endereçada aos jovens de todo o Brasil, antes que seja tarde demais.

Eu era uma jovem “sarada”, criada em uma excelente família de classe média alta de Florianópolis. Meu pai é engenheiro eletrônico de uma grande estatal e procurou sempre dar tudo do bom e do melhor para mim e para meus dois irmãos, inclusive a liberdade que eu nunca soube aproveitar.

Aos 13 anos participei e ganhei um concurso para modelo e manequim, na Agência Kasting, e fui até o final do concurso que selecionou as novas Paquitas do programa da Xuxa. Fui também selecionada para fazer um Book na Agência Elite em São Paulo. Sempre me destaquei pela minha beleza física, chamava atenção por onde passava. Estudava no melhor colégio de “Floripa”, Coração de Jesus.

Tinha todos os garotos do colégio aos meus pés. Nos finais de semana, freqüentava shopping, praias, e cinemas; curtia com minhas amigas tudo o que a vida tinha de melhor para oferecer a pessoas saradas, física e mentalmente.

Porém, como a vida nos prega algumas peças, o meu destino começou a mudar em outubro de 1994. Fui com uma turma de amigos para a OCTOBERFEST em Blumenau. Os meus pais confiavam em mim e me liberaram sem mais apego.

Em “Blu”, achei tudo legal, fizemos um esquenta no “Bude”, famoso barzinho da cidade. À noite, fomos à “PROEB” e ao “Pavilhão Galegão”, onde tinha um “show maneiro” da Banda Cavalinho Branco.

Aquela movimentação de gente era “trimaneira”. Eu já tinha experimentado algumas bebidas, tomava escondido da mamãe o Licor Amarula, mas nunca tinha ficado bêbada.

Na quinta-feira, primeiro dia da OCTOBER, tomei o meu primeiro porre de CHOPP. Que sensação legal, curti a noite inteira “doidona” e beijei uns 10 carinhas. Minhas amigas até colocavam o CHOPP numa mamadeira misturado com guaraná para enganar os “meganhas”, porque menor não podia beber; assim, bebemos a noite inteira e os “otários” nem perceberam.

Lá pelas 4 h da manhã, fui levada ao Posto Médico, quase em coma alcoólico, numa maca dos Bombeiros. Deram-me umas injeções de glicose para melhorar. Quando fui ao apartamento quase “vomitei as tripas”, mas o meu grito de liberdade já fora dado.

No dia seguinte aquela dor de cabeça horrível, um mal-estar daqueles com TPM. No sábado, conhecemos uma galera de São Paulo, que estavam alugando um “apê” no mesmo prédio. Nem imaginava que naquele dia eu estava sendo apresentada ao meu futuro assassino.

Bebi um pouco no sábado, a festa não estava legal, mas lá pelas 5h30 da manhã fomos ao “apê” dos garotos para curtir o restante da noite. Rolou de tudo e fui apresentada ao famoso baseado ”Cigarro de Maconha”, que me ofereceram. No começo resisti, mas chamaram a gente de “Catarina careta”, mexeram com nossos brios e acabamos experimentando.

Fiquei com uma sensação esquisita, de baixo astral, mas no dia seguinte, antes de ir embora, experimentei novamente. O garoto mais velho da turma, o “Marcos”, fazia carreirinho e cheirava um pó branco que descobri ser cocaína. Ofereceram-me, mas não tive coragem aquele dia. Retornamos à “Floripa”, mas percebi que alguma coisa tinha mudado. Eu sentia a necessidade de buscar novas experiências e não demorou muito para eu novamente deparar-me com meu assassino “DRUES”.

Aos poucos, meus melhores amigos foram se afastando quando comecei a me envolver com uma galera da pesada. Sem perceber, eu já era uma dependente química, a partir do momento que a droga começou a fazer parte do meu cotidiano.

Fiz viagens alucinantes, fumei maconha misturada com esterco de cavalo, experimentei cocaína misturada com um monte de porcaria. Eu e a galera descobrimos que, misturando cocaína com sangue, o efeito ficava mais forte; aos poucos não compartilhávamos a seringa e, sim, o sangue que cada um cedia para diluir o pó.

No início, a minha mesada cobria os meus custos com as malditas, porque a galera repartia e o preço era acessível. Comecei a comprar a “branca” a R$ 7,00 o grama, mas não demorou muito para conseguir somente a R$ 15,00, e eu precisava, no mínimo, de 5 doses diárias.
Saía na sexta-feira e retornava aos domingos com meus “novos amigos”. Às vezes, a gente conseguia o “extasy”, dançávamos nos “Points” a noite inteira e depois farra. O meu comportamento tinha mudado em casa; meus pais perceberam, mas no inicio eu disfarçava e dizia que eles não tinham nada a ver com a minha vida.

Comecei a roubar em casa pequenas coisas para vender ou trocar por drogas. Aos poucos o dinheiro foi faltando e, para conseguir grana, fazia programas com uns velhos que pagavam bem. Sentia nojo de vender o meu corpo, mas era necessário para conseguir dinheiro.

Aos poucos, toda a minha família foi se desestruturando. Fui internada diversas vezes em Clinicas de Recuperação. Meus pais sempre com muito amor gastavam fortunas para tentar reverter o quadro. Quando eu saía da Clinica, agüentava alguns dias, mas logo estava me picando novamente.

Abandonei tudo: escola, bons amigos e família. Em dezembro de 1997, a minha sentença de morte foi decretada; descobri que havia contraído o vírus da AIDS, não sei se me picando ou através de relações sexuais, muitas vezes sem camisinha. Devo ter passado o vírus a um montão de gente, porque os homens pagavam mais para transar sem camisinha.

Aos poucos, os meus valores, que só agora reconheço, foram acabando: família, amigos, pais, religião, Deus – até Deus, tudo me parecia ridículo.

Papai e mamãe fizeram tudo, por isso nunca vou deixar de amá-los. Eles me deram o bem mais precioso que é a vida e eu o joguei pelo ralo.

Estou internada, com 24kg, horrível; não quero receber visitas, porque não podem me ver assim.

Não sei até quando sobrevivo, mas do fundo do coração, peço aos jovens que não entrem nessa viagem maluca… Você, com certeza, vai se arrepender assim como eu – mas percebo que para mim é tarde demais.

Nota final: Patrícia encontrava-se internada no Hospital Universitário de Florianópolis e relatou sua história à enfermeira, Danelise. Patrícia veio a falecer 14 horas mais tarde, de parada cardíaca respiratória, em conseqüência da AIDS.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Fernanda Brum e Ana Paula Valadão - Não é tarde

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Deus Ainda Fala com as Pessoas

Um Jovem foi para o estudo da Bíblia numa noite de Quarta-feira. O pastor dividiu entre ouvir a Deus e obedecer a palavra do Senhor. O jovem não pode deixar de querer saber se "Deus ainda fala com as
pessoas?".

Após a pregação ele saiu para um lanche com os amigos e eles discutiram a mensagem. De formas diversas eles falaram como Deus tinha conduzido suas vidas de maneiras diferentes.
Era aproximadamente 10 horas quando o jovem começou a dirigir-se para casa.

Sentado no seu carro, ele começou a pedir " Deus! Se ainda falas com as pessoas, fale comigo. Eu irei ouvi-lo. Farei tudo para obedecê-lo" .

Enquanto dirigia pela rua principal da cidade, ele teve um pensamento muito estranho: "Pare e compre um galão de leite". Ele balançou a cabeça e falou alto "Deus é o Senhor? ". Ele não obteve resposta e continuou dirigindo-se para casa. Porém, novamente, surgiu o pensamento "compre um galão de leite".

O jovem pensou em Samuel e em como ele não reconheceu a voz de Deus, e como Samuel correu para Ele. "Muito bem, Deus! No caso de ser o Senhor, eu comprarei o leite".

Isso não parece ser um teste de obediência muito difícil. Ele ainda poderia também usar o leite. O jovem parou, comprou o leite e reiniciou o caminho de casa.

Quando ele passava pela sétima rua, novamente ele sentiu um pedido "Vire naquela rua". Isso é loucura, pensou e, passou direto pelo retorno.

Novamente ele sentiu que deveria ter virado na sétima rua. No retorno seguinte, ele virou e dirigiu-se pela sétima rua.
Meio brincalhão, ele falou alto "Muito bem, Deus. Eu farei".
Ele passou por algumas quadras quando de repente sentiu que devia parar.

Ele brecou e olhou em volta. Era uma área misto de comércio e residência.
Não era a melhor área, mas também não era a pior da vizinhança. Os estabelecimentos estavam fechados e a maioria das casas estavam escuras, como se as pessoas já tivessem ido dormir, exceto uma do outro lado que estava acesa.

Novamente, ele sentiu algo, "Vá e dê o leite para as pessoas que estão naquela casa do outro lado da rua". O jovem olhou a casa. Ele começou a abrir a porta, mas voltou a sentar-se. "Senhor, isso é loucura."

Como posso ir para uma casa estranha no meio da noite?". Mais uma vez, ele sentiu que deveria ir e dar o leite.

Finalmente, ele abriu a porta, "Muito Bem, Deus, se é o Senhor, eu irei e entregarei o leite àquelas pessoas. Se o Senhor quer que eu pareça uma pessoa louca, muito bem. Eu quero ser obediente. Acho que isso vai contar para alguma coisa, contudo, se eles não responderem imediatamente, eu vou embora daqui".

Ele atravessou a rua e tocou a campainha. Ele pôde ouvir uma barulho vindo de dentro, parecido com o choro de uma criança.

A voz de um homem soou alto: "Quem está aí? O que você quer?". A porta abriu-se antes que o jovem pudesse fugir. Em pé, estava um homem vestido de jeans e camiseta. Ele tinha um olhar estranho e não parecia feliz em ver um desconhecido em pé na sua soleira. "O que é? ".

O jovem entregou-lhe o galão de leite. "Comprei isto para vocês". O homem pegou o leite e correu para dentro falando alto.

Depois, uma mulher passou pelo corredor carregando o leite e foi para a cozinha. O homem seguia-a segurando no braços uma criança que chorava.

Lágrimas corriam pela face do homem e, ele começou a falar, meio soluçando "Nós oramos. Tínhamos muitas contas para pagar este mês e o nosso dinheiro havia acabado. Não tínhamos mais leite para o nosso bebê.
Apenas orei e pedi a Deus que me mostrasse uma maneira de conseguir leite".

Sua esposa gritou lá da cozinha: "Pedi a Deus para mandar um anjo com um pouco... Você é um anjo?
O jovem pegou a sua carteira e tirou todo dinheiro que havia nela e colocou-o na mão do homem.

Ele voltou-se e foi para o carro, enquanto as lágrimas corriam pela sua face.

Ele experimentou que Deus ainda responde os pedidos.
Agora, um simples teste para você: Se você acredita em instintos verdadeiros, copie esta mensagem e mande para todos os seus amigos.

Você tem 24h por dia, gasta com muitas coisas. Quanto tempo você leva para parar um pouquinho e ouvir Deus?

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

ONG faz protesto contra o tráfico na Vila Kennedy, no Rio de Janeiro





A praia de Copacabana e o aterro do Flamengo, no Rio, amanheceram com faixas de pedido de segurança. É o movimento da ONG Rio de Paz pela comunidade em defesa dos moradores da Vila Kennedy. Eles dizem que não aguentam mais viver no meio da guerra do tráfico. Os tiroteios entre traficantes de facções criminosas rivais aumentaram nos últimos quatro meses e tem levado pânico às ruas do bairro.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Um copo de Leite

Um dia, um rapaz pobre que vendia mercadorias de porta
em porta para pagar seus estudos, viu que só lhe
restava uma simples moeda de dez centavos e tinha fome.
Decidiu que pediria comida na próxima casa.

Porém, quando uma jovem lhe abriu a porta em vez de comida,
pediu um copo de água.

Como o jovem parecia faminto ela lhe deu um grande copo de leite.

Ele bebeu devagar e depois lhe perguntou:
-Quanto lhe devo?
-Não me deve nada - respondeu ela.

-Então ele disse:
-Pois eu te agradeço de todo coração.

Quando aquele rapaz que se chamava Howard Kelly
saiu daquela casa, não só sentiu-se mais forte fisicamente,
como também sua fé em Deus se fortaleceu.

Ele já estava decidido a se render e deixar tudo.

O tempo passou e anos depois, aquela jovem mulher ficou
doente de uma enfermidade rara.

Os médicos da sua cidade não conseguiram ajudá-la,
e por isso teve que ir a um hospital na cidade grande,
onde chamaram um especialista para examiná-la.
Chamaram então o Dr.Howard Kelly.

Quando o médico soube o nome da cidade de onde
a paciente viera, uma luz encheu seus olhos.

Imediatamente foi ver a paciente e reconheceu-a.
Passou então a dedicar atenção especial a ela.

Depois de uma demorada luta pela vida daquela mulher,
ganhou a batalha.

Dr. Kelly pediu a administração do hospital que lhe enviasse
a fatura total de gastos que ela teve, escreveu algo e mandou
entregá-la no quarto da paciente.

Ela sabia que seria um conta muito alta e que levaria muito
tempo para pagar.

E ao abrir a fatura algo lhe chamou a atenção, pois estava escrito:
"Totalmente pago há muitos anos com um copo de leite ass.:
Dr.Howard Kelly."

Lágrimas de alegria correram dos olhos daquela mulher e seu
coração feliz orou assim:

" Te agradeço meu Deus, porque o teu amor é manifesto na vida
daquele que faz o bem ao próximo."

Fonte: Sistema Iensen

sábado, 18 de junho de 2011

A CIÊNCIA E OS ETs

A CIÊNCIA E OS ETs

Estamos sozinhos no Universo ou existe vida em outros planetas? Histórias sobre discos voadores e contatos com extraterrestres produzem muitas especulações e reboliço na imprensa mundial. Atualmente, a polêmica ganhou um aliado de peso, Stephen Hawking, físico britânico que ocupou durante muitos anos a cadeira de Isaac Newton em Cambridge e é um dos mais respeitados do mundo. Em uma entrevista recente, fez declarações intrigantes sobre a vida fora da Terra. Baseando-se no fato de que há 100 bilhões de galáxias no universo, cada uma com milhões de estrelas, afirmou, à semelhança de outros cientistas, que seria muita pretensão nossa achar que estamos sozinhos nessa infinidade de astros.

Porém, existe, de fato, algum resultado de pesquisa que comprove essa afirmação? Algum sinal de vida extraterrestre, ainda que primitiva, já foi encontrado? De onde procedem todas as informações que temos hoje sobre os extraterrestres?

Hawking afirma que é perfeitamente racional achar que os alienígenas existam. Nós, humanos, porém, deveríamos evitar qualquer contato com eles, em vista do grande risco de serem predadores. Se os ETs nos visitarem, as consequências poderão ser semelhantes às do desembarque de Cristóvão Colombo na América – nada menos que desastrosas para os nativos. Ele aconselha que o homem pare de mandar sondas para o espaço com mapas da Terra e mensagens de boas-vindas. Por outro lado, contradizendo a si mesmo, Stephen Hawking entende que o mais provável é que outros planetas apresentem apenas vida primitiva, de microorganismos ou no máximo de animais semelhantes a lagartos, em vez de seres inteligentes capazes de fazer uma viagem interestelar.

Declarações desse tipo ganham a mídia com muita rapidez, e, pelo fato de virem de um cientista renomado, as pessoas as aceitam como verdade absoluta. Isso ficou bem demonstrado num debate recente na Internet. Quando um jovem que defendia a opinião de Hawking foi questionado por outro participante sobre acreditar que o cientista apresentara alguma evidência, a resposta foi: “Eu acredito porque ele é um cientista e com certeza deve ter usado o método científico”. O jovem nem sequer investigou os dados ou checou se houve observações experimentais – simplesmente acreditou! Ou seja, a ciência nada descobriu até agora, mas, mesmo assim, cientistas fazem declarações categóricas em cima de teorias, levando muitos atrás de ideias absurdas.

O QUE JÁ FOI COMPROVADO SOBRE VIDA EXTRATERRESTRE

Os defensores da vida extraterrestre precisam responder a duas questões básicas: primeiro, se existem condições favoráveis à vida em algum outro lugar no universo; segundo, caso existam alienígenas e caso sejam muito mais inteligentes que os terráqueos, como e por que venceriam as grandes distâncias entre nós e seu planeta original para fazer contato com a Terra? Até hoje, nenhuma pesquisa científica conseguiu responder a qualquer uma das duas.

De acordo com o conhecimento atual, nenhum outro planeta foi encontrado em que a vida fosse, ao menos, possível. Este precisaria atender a várias necessidades ao mesmo tempo (e não apenas a uma delas), como temperatura ambiente, existência de água e elementos orgânicos indispensáveis à vida, velocidade ideal nos movimentos de rotação e translação, concentração vital de gases atmosféricos, campo magnético, força de gravidade, distância correta do seu sol, uma superfície que suprisse diversas condições semelhantes às que ocorrem na Terra, dentre muitos outros fatores.

Até agora, os astrônomos só encontraram algumas dessas condições em um planeta de outro sistema solar. Ele orbita em torno da estrela Pégaso de nossa Via Láctea, distante de nós 45 anos-luz. Mas, como está 20 vezes mais próxima de seu sol do que a Terra do nosso, a vida lá seria impossível devido ao calor de até 1.700º C. Outros possíveis planetas não passam de gigantes gasosos, como Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Esses não têm uma superfície sólida, e, portanto, seria impossível a vida desenvolver-se lá.

No início de agosto de 1996, pesquisadores da Nasa anunciaram a descoberta de vida em Marte após encontrarem possíveis restos de nanobactéria em um meteorito que supostamente viera daquele planeta. Esse material também poderia ser bolinhas de lama petrificada, ressaltaram. Uma prova de “vida”, na verdade, não existia, mas, para a mídia, foi uma evidência de que existiu vida em Marte. Outras pesquisas seguiram a linha de tentar encontrar água em outros planetas, como se isso em si provasse alguma coisa. Onde há vida, certamente haverá água; porém, onde há água, não haverá, necessariamente, vida.

Mesmo que até agora não exista a menor prova científica da existência de vida extraterrena, muitos astrônomos – sob o impacto da quantidade enorme de estrelas – acham que a vida, como é concebida na Terra, também teria de ter surgido em outros lugares. Os cientistas americanos do Seti (Search for Extraterrestrial Intelligence – Busca de Inteligência Extraterrestre) partiram da hipótese de que seres inteligentes poderiam utilizar ondas eletromagnéticas moduladas (AM ou FM), as mesmas produzidas pelos terráqueos, para transmitir informação. Embora estejam usando radiotelescópios desde 1960 para tentar captar sinais de extraterrestres, até hoje não captaram nada que pudesse ser uma comunicação de outra civilização.

Embora a ciência tente demonstrar total objetividade com relação às motivações e conclusões, nota-se claramente um grande interesse em provar que existe vida, por elementar que seja, em outros pontos do Universo. É o mesmo interesse que desperta quando alguém encontra um fóssil, com a possibilidade de finalmente ter achado alguma prova para a teoria da evolução das espécies. Inconscientemente ou não, o homem deseja comprovar sua ideia fixa de que a vida surgiu espontaneamente, eliminando, assim, a necessidade de um Deus para explicar ou governar nossa existência.

APARIÇÕES DE ETs NA TERRA

Considerando-se que exista vida em algum lugar do espaço, uma visita de extraterrestres à Terra, como as sugeridas pelos relatos de óvnis, seria praticamente impossível. O principal empecilho são as distâncias inimaginavelmente grandes e, com isso, o longo tempo de viagem que se faz necessário. A estrela mais próxima da Terra, chamada Proxima Centauri, fica a 4,3 anos-luz, ou seja, 40,7 trilhões de quilômetros. O ônibus espacial da Nasa, viajando a aproximadamente 28 mil km/h, levaria 168 mil anos para vencer essa distância. A espaçonave mais veloz que a espécie humana já construiu até agora (Voyager da Nasa) levaria 80 mil anos nesse percurso. Mesmo com um reator de fusão nuclear, o combustível necessário para a viagem ocuparia mil navios supertanques e levaria 900 anos.

Se existisse alguma força de impulsão que alcançasse um décimo da velocidade da luz, mesmo assim a viagem levaria 43 anos. Segundo os cálculos aproximados do físico nuclear sueco C. Miliekowsky, seriam necessárias quantidades enormes de energia para a propulsão. Elas equivaleriam à quantidade de energia elétrica consumida atualmente pelo mundo inteiro em um mês. Além do mais, as pequenas partículas de poeira que flutuam no espaço representam um problema para as sondas espaciais, pois colidiriam com elas causando sua explosão. Tudo isso torna uma viagem de eventuais extraterrestres até nós ou de nós até eles praticamente impossível.

Devido às distâncias enormes e gastos energéticos envolvidos, é muito improvável que as dezenas de óvnis noticiados a cada ano pudessem ser visitantes de outros planetas, tão fascinados com a Terra que estariam dispostos a gastar quantidades fantásticas de tempo e energia para chegar aqui. A maioria dos óvnis, quando estudados, revelam-se como fenômenos naturais, como balões, meteoros, planetas brilhantes ou aviões militares classificados. De fato, nenhum óvni jamais deixou evidência física que pudesse ser estudada em laboratórios para demonstrar sua origem de fora da Terra.

PUBLICAÇÕES EM REVISTAS

A revista alemã Focus relatou que 90% das notícias de óvnis são consideradas disparates, mas os 10% restantes são suficientes para o surgimento de muitas especulações. Um exemplo foi apresentado pela Revista Isto É, de 20/10/2010, com a matéria intitulada “A história oficial do ET de Varginha”, esclarecendo uma possível aparição de extraterrestres na cidade de Varginha, no interior de Minas Gerais, em janeiro de 1996. Naquela época, três meninas (e também algumas crianças) disseram ter visto um ser incomum agachado, que chorava alto e fino quando acuado. Paralelo a esse relato, outras pessoas também alegaram ter visto um óvni semelhante a um submarino sobrevoando a cidade e, logo em seguida, a sua queda. Também foi citado que militares capturaram o corpo de um ET e o levaram para necropsia em Campinas.

Essa história teve repercussão em todo o mundo e fez de Varginha um centro de romaria internacional para estudos ufológicos. Segundo a revista, tudo não passou de um equívoco, em que algumas pessoas viram um doente mental, que mora em frente ao terreno onde os boatos se originaram e que fica agachado o tempo todo, e acharam que era um ET.

UFOLOGIA

O estudo dos óvnis (objetos voadores não identificados) é conhecido como Ufologia e pode ser dividido em científica e mística. A ufologia científica analisa as possíveis aparições e demais acontecimentos inexplicáveis pela ciência naturalista. Já a ufologia mística preocupa-se mais com as mensagens e questões filosóficas relacionadas com essas visitações extraterrestres.

O livro Eram os deuses astronautas? organizou muitas dessas ideias a partir de fatos inexplicáveis que aconteceram em vários períodos da história da humanidade. Trata-se, em geral, de projetos arquitetônicos, de 2 a 4 mil anos atrás que só poderiam ser executados por uma inteligência sobrehumana, muito mais desenvolvida do que a atual.

Como se pode explicar a construção das pirâmides do Egito, em que cálculos avançados de engenharia, astronomia e geometria foram utilizados? Como os imensos blocos de pedra, de até 85 toneladas, foram arrastados e empilhados com tamanha precisão?

E quanto a Stonehenge, na Inglaterra, onde rochas com 5 toneladas foram transportadas por até 400 quilometros de distância, e blocos com 45 toneladas por uma distância de 30 km? Quem a construiu, com que objetivo e, novamente, como as pedras gigantescas foram transportadas e colocadas sobre os imensos pilares?

Podemos lançar os mesmos questionamentos a respeito das pirâmides astecas, no México ou as enormes cabeças de pedra na ilha de Páscoa, no Chile. Na costa peruana, encontramos estruturas misteriosas, as linhas de Nazca, que são imensos desenhos em formato de animais que só podem ser identificados do céu (quem olha para o local, embaixo, só vê valas extensas sobre o solo rochoso e desértico). Quem os riscou, e com que propósito, já que não podem ser discernidos no nível terrestre?

E o que dizer da superfície do planeta Marte, onde a sonda espacial registrou a presença de três pirâmides, uma fortaleza de pedras, enormes estruturas inacabadas e algo semelhante a um rosto humano?

Na ausência de explicações naturais plausíveis, e diante dos avançados conhecimentos necessários para a construção das pirâmides do Egito, surgiu a hipótese da participação de seres superiores, que seriam os verdadeiros responsáveis pela obra. O que os antigos egípcios chamavam de deuses, segundo alguns ufólogos, eram, na realidade, astronautas extraterrestres que usaram sua tecnologia superior para construir as pirâmides. Essa crença também se aplica a todos os outros fenômenos misteriosos para as quais a ciência não conseguiu dar uma explicação sustentável. Um fato interessante é que todas essas construções são locais para comunicação com divindades e práticas de alta magia; há também relatos de sacrifícios humanos e animais, rituais que incluíam relações sexuais com essas divindades, além de outras práticas de ocultismo.

A ufologia, para muitos, tende a transformar-se em ufolatria quando a influência religiosa esotérica é marcante. Observa-se também uma relaçao muito próxima com praticamente todas as seitas e práticas espiritualistas e ocultistas, como druidas, celtas e diversas formas de magia, espiritismo e nova era. Algumas descrições de contatos com ETs só são possíveis com a ajuda da parapsicologia e hipnose. A comunicação com os alienígenas é feita por telepatia. Em alguns relatos, a relação sexual com ETs é citada.

A BÍBLIA E OS SERES EXTRATERRESTRES

Se considerarmos que extraterrestre inclui toda forma de vida que não pertence a este planeta, a Bíblia traz muitos relatos de “visitações” extraterrestres. Ela não oferece nenhuma base para a existência de vida natural ou corpórea em outros planetas, seja ela primitiva ou inteligente. Porém, menciona seres espirituais, como anjos e demônios, além do próprio Deus.

Anjos são seres espirituais criados, dotados de juízo moral e alta inteligência, mas desprovidos de corpo físico. Em geral, não podemos vê-los, a não ser que Deus nos dê a capacidade especial de enxergá-los (Nm 22.31; Lc 2.13). Algumas vezes, assumiram a forma corpórea, aparecendo a diversas pessoas nas Escrituras (Mt 28.5; Hb 13.2). São mais poderosos que os homens (Sl 103.20; Mt 28.2; Hb 2.7), protegem-nos (Sl 34.7; 91.11) e atuam na luta contra os poderes demoníacos controlados por Satanás (Dn 10.13; Ap 12.7-8; 20.1-3).

Como os anjos, os demônios também são seres espirituais criados, dotados de discernimento moral e elevada inteligência, desprovidos de corpo. Em virtude de uma rebelião no mundo espiritual, muitos anjos voltaram-se contra Deus e se tornaram maus (2 Pe 2.4; Jd 6; veja também Is 14.12-15 e Ez 28.2-10).

Satanás exerce influência desde o início da humanidade, de forma sutil e velada, muitas vezes sob o disfarce de deuses. Os cultos oferecidos aos ídolos das nações que cercavam a Israel eram, na verdade, culto a Satanás e seus demônios (Dt 32.16-17; Sl 106.35-37; 1 Co 10.20). Com o propósito de destruir todas as boas obras de Deus, o culto aos ídolos demoníacos se caracterizava pelo sacrifício de crianças (Sl 106.35-37), autoflagelação (1 Rs 18.28; Dt 14.1) e prostituição cultual (Dt 23.17; 1 Rs 14.24; Os 4.14). O culto a demônios leva comumente a práticas imorais e autodestrutivas.

Podemos concluir, também, que as batalhas que os israelitas travavam contra nações pagãs eram, de fato, batalhas contra as forças demoníacas que as dominavam. Eram verdadeiras guerras espirituais que os israelitas jamais conseguiriam vencer sem o poder sobrenatural de Deus no reino espiritual. As lutas que travamos hoje contra o mundo em suas diversas manifestações são também guerras espirituais que requerem reforço e intervenção divina (1 Jo 5.19).

As táticas do diabo e dos seus demônios são a mentira (Jo 8.44), o engano (Ap 12.9), o homicídio (Sl 106.37) e todo e qualquer tipo de ação destrutiva no intuito de fazer as pessoas se afastarem de Deus rumo à destruição (Jo 10.10). Lançam mão de qualquer artifício para cegar as pessoas ao evangelho (2 Co 4.4) e mantê-las presas a coisas que as impedem de aproximar-se de Deus (Gl 4.8)

Um relato bíblico intrigante é sobre algo que aconteceu antes do dilúvio. O texto de Gênesis 6 diz que houve união carnal entre os filhos de Deus e as formosas filhas dos homens, o que resultou no nascimento de gigantes, homens valentes, varões de renome na antiguidade.

Existem várias teorias sobre o significado de tal união (como, por exemplo, que era a mistura das linhagens de Sete e Caim); o problema é que não justificam a intensidade da ira de Deus a ponto de arrepender-se de ter feito o homem na Terra. Ainda que tenhamos dificuldade em explicar plenamente o que aconteceu, o texto parece indicar que houve mesmo uma interação malfadada entre seres humanos e seres “extraterrestres”.

Mesmo depois do dilúvio, com a destruição de toda aquela raça “mestiça”, ainda aparecem relatos de gigantes na terra de Canaã, como a história de Golias que foi derrotado por Davi. Os ufólogos também usam esses relatos para afirmar que houve relações sexuais entre extraterrestres e a raça humana. Uma possibilidade a ser considerada é que os rituais demoníacos incluíam práticas de orgias sexuais entre pessoas canalizadas por potestades demoníacas ou até mesmo demônios manifestos na forma humana. Nesse caso, mulheres poderiam ter tido contato com uma energia tão poderosa que foi capaz de provocar mutações no DNA de seus filhos, aumentando sua estatura. O fato de haver gigantes em Canaã nos leva a crer que os rituais com prostituição cultual continuaram a ocorrer após o dilúvio, o que novamente provocou a ira de Deus, que enviou a nação de Israel como instrumento para exercer seu juízo.

Já que não existe nenhuma comprovação de vida em outros planetas, sem falar da impossibilidade de uma viagem interplanetária, os relatos sobre aparições de óvnis e ETs não podem ser considerados como provas de seres em outros planetas. Quando não são invenções, superstições ou equívocos, muito provavelmente são manifestações demoníacas com o único objetivo de manter a humanidade no engano e afastá-la do propósito eterno de Deus, até mesmo por sua íntima ligação com práticas de ocultismo e magia reprovadas em todo o Velho Testamento e no Novo também. “Não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz” (2 Co 11.14).Por Ezequiel Netto

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Adolescência Precisa Ser Assim?

Desejada pelos filhos e temida pelos pais, a adolescência é considerada, por muitos, como fase negativa, conturbada e tempestuosa, cheia de adaptações complexas, difícil de ser tolerada. Ao mesmo tempo, ninguém questiona a inevitabilidade de tal período na vida do ser humano em desenvolvimento. É como se fosse absolutamente necessário assumir certas posturas negativas durante essa fase.



A rebelião, por exemplo, é aceita na adolescência como normal. Acredita-se mais nisso do que no evangelho do Reino que denuncia a rebelião como raiz de todo pecado, como atitude que requer arrependimento. Quantos comportamentos pecaminosos são absolvidos quando se aplicam a adolescentes!



Será que essa concepção é correta ou um sinal de contaminação mundana dentro da igreja? A adolescência, como se apresenta hoje, é uma criação de Deus ou uma invenção de homens?



O que é a adolescência?



Se pesquisarmos nos dicionários, encontraremos a origem da palavra “adolescente” no latim adolescere: “que se desenvolve, cresce”. Há, porém, uma explicação mais complexa. Cito, a seguir, um estudo apresentado recentemente:



A palavra adolescente tem uma origem etimológica dupla. Se, por um lado, significa crescer, por outro, possui a mesma raiz da palavra adoecer, do latim adolescere. Esses significados, até mesmo contraditórios, são capazes de ilustrar a instabilidade emocional que caracteriza essa etapa da vida, mesclando desenvolvimento e regressões que, muitas vezes, podem dificultar um estabelecimento claro das fronteiras entre o normal e o patológico nessa fase da vida (COSTA, 2002).[1]





Para a psicologia naturalista, a adolescência é uma fase de transição natural e universal entre a infância e a idade adulta. Julga que todo ser humano tem esse período registrado em sua natureza, em sua genética. Sendo assim, não importam fatores externos, culturais, históricos ou sociais: toda criança será adolescente antes de ser adulta.



Sua principal característica seria a puberdade, incluindo todo o conjunto de mudanças físicas causadas pelas intensas variações hormonais iniciadas no final da infância. Alterações de voz, crescimento de pelos, definição da forma do corpo, desenvolvimento dos órgãos sexuais e outras transformações desencadeiam uma nova forma de percepção de si mesmo, do outro e do mundo.



A essa mudança de percepção, associa-se uma nova mentalidade e um conjunto de comportamentos característicos resultante. O ser fisicamente diferente induz a uma busca de identidade e autoafirmação que gera as pressões e os conflitos causadores dos chamados problemas da adolescência. Assim se explicam a insegurança, a instabilidade e a tendência à rebelião, bagunça e irreverência que caracterizam essa idade.



Para a maioria das pessoas, essa psicologia está correta. Pais e igreja, de maneira geral, aceitam e até se preparam para enfrentar a adolescência. Mas o que realmente faz parte da fase de transição e o que poderia ser evitado?



Adolescência: uma invenção recente?



Pode vir como choque para quem está tão acostumado à existência da adolescência como se apresenta hoje, mas nem sempre foi assim. Na verdade, a adolescência foi descrita como fato social somente em 1976 (ERICKSON, E. Identidade, juventude e crise. Rio de Janeiro: Zahar, 1976). É evidente que ela já existia há mais tempo, mas a formulação do conceito científico se deu apenas naquele ano.



Um exame minucioso demonstrará que as características sócio-históricas que levaram à formulação desse conceito foram, na verdade, terríveis consequências da degeneração da família.



A família sempre fora o ambiente de maior vínculo afetivo na sociedade. Havia um ambiente naturalmente seguro para a criança crescer e tornar-se um homem ou uma mulher. A partir da revolução industrial, o pai deixou a casa (ou cultura agrícola na proximidade da casa) para trabalhar na indústria. Depois, a mãe também passou a ser requisitada. Os filhos eram deixados em escolas onde passaram a construir um grupo social próprio com características afins. As novas tecnologias de produção geraram a necessidade de mão de obra especializada. Com isso, os jovens tinham de passar mais anos na escola e cada vez menos tempo em família.



Esse processo de desestruturação familiar relacionado à revolução industrial gerou, dessa forma, uma comunidade de jovens sem referência. Como amadurecer convivendo apenas com pessoas nas mesmas condições de maturidade e com os mesmos conflitos? Ali nascia a adolescência, caracterizada por um longo período de indefinições provocadas pela perda do ambiente em que essas definições viriam naturalmente. Sem pais como referência de homens ou mães como referência de mulheres para conduzirem os filhos com segurança e tranquilidade à idade adulta, cada nova geração sentia-se mais confusa e perdida que a anterior.



O que vemos hoje, portanto, não se trata de uma fase determinada geneticamente, mas de uma realidade produzida por mudanças sociológicas.



Muita informação sem preparação



A mudança nas tecnologias de informação é outro fato histórico pertinente. As informações a que temos acesso determinam nossos interesses e ações. Há quatro séculos, o mundo infantil era bem distinto do mundo adulto. Havia assunto de criança e assunto de adulto. As conversas de um não eram permitidas no ambiente do outro.



Essa distinção era mantida pelos valores sociais vigentes e fortalecida pela incapacidade que a criança tinha de ter acesso à informação. Para saber o que os adultos sabiam, a criança teria de ler, já que as informações eram compiladas graficamente. Como não sabiam ler ou não tinham acesso aos livros dos adultos, o mundo imaginário das crianças era preservado até que adquirissem a chave para entrar na sala de leitura e descobrir o mundo dos adultos.



As crianças iam tomando conhecimento de fatos e conceitos de maneira mais coerente com seu desenvolvimento. O saber estava mais associado ao porquê e para que da informação. A leitura exigia desenvolvimento cognitivo para ser compreensível. E esse desenvolvimento acabava sendo uma boa referência para determinar o que seria apropriado para a criança aprender.



Com a revolução gráfica, as imagens tomaram o lugar da escrita e passaram a unir os dois mundos. Uma criança pode, por exemplo, no intervalo de um programa infantil, assistir a uma terrível cena de violência numa manchete de telejornal. A imagem transmitirá conceitos e sensações sem nenhum impedimento. É dessa forma que as crianças têm acesso a coisas com as quais não são capazes de lidar. Quantos pais têm se surpreendido com o que os filhos sabem sobre sexo mesmo sem jamais terem conversado com eles sobre o assunto! Muitas vezes, os filhos, além de saberem, também fazem muitas coisas que não deveriam.



O adolescente de hoje é produto dessa realidade. Ele tem acesso a tudo, mas não sabe lidar com muitas coisas porque ninguém o instruiu. Ele reivindica o direito de fazer qualquer coisa porque já tem conhecimento, mas se nega a assumir as consequências do que faz porque não se considera maduro o suficiente.



A informação que a criança recebe precisa ser coerente com sua formação. Ela precisa ter valores e princípios antes de ter conceitos e habilidades. Ninguém deve dar uma arma a uma pessoa que não reconhece os riscos de utilizá-la. A mídia tem feito exatamente isso. Imagens de estímulo à sensualidade e à violência passam o tempo todo diante dos olhos de nossas crianças. Uma geração inteira está sendo instruída para o mal enquanto os pais estão ausentes em seus empregos. Ficam satisfeitos porque os filhos estão “seguros” na frente dos computadores ou jogos eletrônicos.



A adolescência de hoje, portanto, não é uma fase natural. Ela existe, porém é preciso compreender que surgiu como uma construção histórico-social. Há mudanças legítimas durante o desenvolvimento de uma pessoa, mas isso não torna todos os problemas legítimos.



O que acontece em outras culturas?



Uma breve pesquisa é suficiente para se perceber que a longa e dolorosa transição da adolescência é vivida de forma bem diferente em outras culturas. Em algumas, a idade adulta chega por meio de um mero ritual de passagem. O desafio, o sofrimento e a responsabilidade são elementos frequentes nesses ritos.



No Alto Xingu, um jovem da etnia yawalapiti passa a ser considerado adulto quando sua pele é arranhada até sangrar com o uso de dentes de peixe. Meninos da etnia xhosa, na África do Sul, tornam-se homens maduros após uma circuncisão.



Os filhos e filhas de judeus são recebidos como homens e mulheres responsáveis pelos seus atos após uma cerimônia de bênção: Bar Mitzvah (menino) e Bat Mitzvah (menina).



Por que, no mundo não influenciado pela cultura ocidental, a fase de transição é tão diferente? Por que, de maneira geral, no meio dos povos orientais que ainda mantêm uma estrutura familiar valorizada a adolescência é mais curta e menos traumática? Esses são apenas poucos de muitos exemplos que poderiam ser considerados.



Adolescência e problemas familiares



Por que não se falava em adolescência há cinco décadas? Por que os índices de violência aumentaram tanto? Por que os problemas ligados à atividade sexual também cresceram?



É evidente que essas perguntas têm muitas respostas. Quero salientar, entretanto, que os fenômenos citados acima surgiram juntamente com a adolescência. Os dados a seguir[2], por se referirem ao momento e a um dos lugares onde “nasceu” a adolescência (Estados Unidos), sugerem algumas respostas.



Os pais se divorciam hoje duas vezes mais do que 20 anos atrás e, consequentemente, mais crianças são envolvidas em dissolução matrimonial. Foram 1,018 milhão de casais em 1979 em comparação com 562 mil em 1963.



Em 1950, 10,9% dos domicílios americanos tinham só um dos pais. Hoje, já são 22%. Isso demonstra que os americanos começaram a ter menos filhos e a passar menos tempo junto com eles para criá-los.



Também em 1950, os adultos (acima de 15 anos) cometeram delitos graves numa taxa 215 vezes mais alta que a dos crimes praticados por crianças. Em 1979, essa proporção era apenas 5,5 vezes maior. Isso não foi porque a taxa de criminalidade entre os adultos diminuiu; na verdade, aumentou três vezes entre 1950 e 1970. O que explica a diminuição da desproporção entre a quantidade de crimes cometidos por crianças e por adultos é o assustador aumento da criminalidade infantil. Entre 1950 e 1979, o índice de crimes cometidos por pessoas com menos de 15 anos aumentou 11.000% (isso considerando só crimes graves: assassinato, estupro, roubo, assalto).



O início da puberdade no sexo feminino vem caindo quatro meses por década nos últimos 130 anos. Em 1900, a idade média em que acontecia a primeira menstruação era de 14 anos, ao passo que, em 1979, era de 12 anos. Essa precocidade do amadurecimento sexual feminino deveria aumentar a atenção na educação sexual responsável, mas não é o que ocorre. É só observar o comportamento sexual atual apontado por algumas pesquisas.



Estudos realizados por uma universidade americana concluem que a frequência da atividade sexual entre adolescentes solteiras, em todas as raças, aumentou em torno de 30% entre 1971 e 1976. Aos 19 anos, 55% delas já haviam tido relações sexuais. Como consequência, os partos em adolescentes passaram a constituir 19% de todos os partos nos Estados Unidos em 1975.



Entre 1956 e 1979, a porcentagem de crianças entre 10 e 14 anos que sofriam de gonorreia aumentou quase três vezes: de 17,7 em cada 100 mil pessoas, passou para 50,4.



O desafio



Os dados acima não podem ser interpretados como normais. Refletem uma realidade (e uma doença) familiar. Considerar adolescência como normal seria considerar também como normais os problemas que surgiram juntamente com ela.



É evidente que não podemos mudar a sociedade como um todo, nem tirar os fatores que geraram todas essas mudanças. Como cristãos, entretanto, também não devemos aceitar os problemas e características da adolescência como inevitáveis.



O que fazer então? Brigar com os adolescentes, como se fossem causadores de todos esses problemas? Tentar fugir do mundo em que vivemos, reproduzir as condições de um ou dois séculos atrás? Copiar uma dessas culturas diferentes nas quais a transição para a fase adulta é mais suave?



Quais são os fatores e princípios que poderão nos ajudar a resgatar esse período tão vital e importante na vida dos nossos filhos e dos adolescentes e jovens que estão à nossa volta? O que é genético e o que pode ser alterado quando as condições dos lares e igrejas forem alteradas?



[1] Natália de Cássia Horta (em dissertação do Curso de Mestrado da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais, 2006)

http://www.enf.ufmg.br/mestrado/dissertacoes/Nat%E1lia%20de%20C%E1ssia%20Horta.pdf

Veja também em outro trabalho: http://www.fundamentalpsychopathology.org/anais2006/4.69.3.1.htm



Indicação de leitura complementar:

“Adolescências Construídas”, Ed. Cortêz, de Sergio Ozella (Organizador).

terça-feira, 29 de março de 2011

Visitações Divinas – A Grande Esperança do Homem

O texto a seguir foi adaptado de uma mensagem ministrada na Conferência “Heart-Cry for Revival” (Clamor do Coração por Avivamento) em abril de 2006, na Carolina do Norte, EUA.

Dediquei algumas semanas, há algum tempo, investigando o termo “visita” ou “visitação” nas Escrituras. Confesso que fiquei um tanto surpreso e até entristecido ao descobrir que esses termos são mais relacionados na Bíblia com juízo e condenação do que com a idéia de intervenções positivas de Deus, conhecidas por nós como avivamentos.

Mesmo assim, tratarei aqui de um dos casos bíblicos em que visitação é usada de forma positiva. Nosso texto será a incrível canção que Zacarias, o sacerdote, proferiu, conforme registrado em Lucas 1.67-69. Para pegar o contexto mais completo da sua profecia, é preciso ler todo o capítulo, principalmente sobre o encontro do anjo com Zacarias (Lc 1.5-25) e sobre o nascimento de seu filho, João Batista (Lc 1.57-66).

A Profecia de Zacarias

Zacarias, seu pai, cheio do Espírito Santo, profetizou, dizendo:

Bendito seja o Senhor, Deus de Israel,
porque visitou e redimiu o seu povo,
e nos suscitou plena e poderosa salvação (literalmente: “Ele erigiu um chifre de salvação”; veja também em 1 Sm 2.10; 2 Sm 22.3; Sl 18.2; 132.17; Ez 29.21; em todos esses textos, existe o mesmo termo “chifre” no original, e não “força” ou “poder” como nas versões em português)
na casa de Davi, seu servo,
como prometera, desde a antiguidade,
por boca dos seus santos profetas,
para nos libertar dos nossos inimigos
e da mão de todos os que nos odeiam (Sl 106.10);
para usar de misericórdia com os nossos pais
e lembrar-se da sua santa aliança
e do juramento que fez ao nosso pai Abraão,
de conceder-nos que, livres da mão de inimigos,
o adorássemos sem temor,
em santidade e justiça perante ele,
todos os nossos dias.

Tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo,
porque precederás o Senhor,
preparando-lhe os caminhos (Ml 3.1),
para dar ao seu povo conhecimento da salvação,
no redimi-lo dos seus pecados,
graças à entranhável misericórdia de nosso Deus,
pela qual nos visitará o sol nascente das alturas,
para alumiar os que jazem nas trevas e na sombra da morte (Is 9.2),
e dirigir os nossos pés pelo caminho da paz.”

Esta linda canção, que Zacarias compôs e depois cantou ou salmodiou, tem duas estrofes. De fato, há somente duas longas sentenças, cada uma formando uma estrofe. Na primeira sentença ou estrofe, Zacarias se rejubila em render louvores ao Deus que visita os homens, trazendo-lhes o “chifre de salvação” (tradução literal do original grego em Lc 1.69). Na segunda estrofe, que começa no versículo 78, Zacarias tem a alegria e o privilégio de expressar gratidão pela missão que o seu próprio filho foi chamado a cumprir. Essa missão gira em torno da visitação que é descrita nestas belíssimas palavras: “nos visitará o sol nascente das alturas.”

1. A Estrofe do Chifre de Salvação

No versículo 68, Zacarias fala estas palavras: “Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo”. Vamos nos recordar da ocasião dessa canção. Foi a circuncisão de João Batista – oito dias depois do seu nascimento. Ele está afirmando claramente que a visita de Deus já havia começado. Porém, não houvera ainda o nascimento de Cristo; tampouco qualquer pregação ou ensino; a cruz, o sepulcro e a ressurreição ainda estavam por vir. A única coisa que havia acontecido antes daquela ocasião era a concepção sobrenatural no ventre da virgem – no entanto, a salvação é tratada como fato consumado pelo fato de Deus já ter colocado em movimento os eventos fantásticos que culminariam em salvação para todas as nações.

Há muitos anos, ouvi alguém explicar por que nosso Senhor, ao tratar com as pessoas, freqüentemente mudava os seus nomes. “Cristo não as via como eram”, ele esclareceu, “mas como viriam a ser, sob o seu poder e influência.” Zacarias estava fazendo algo semelhante. Sabendo que, de fato, a virgem já havia concebido, ele pôde proclamar a salvação como se fosse um fato completa e maravilhosamente consumado.

No versículo 69, lemos que “Deus nos erigiu um chifre de salvação na casa de Davi, seu servo” (tradução literal do original). No meu entender, a melhor maneira para visualizar isso é através do chifre de um rinoceronte. Há muitos animais com chifres, mas poucos que tenham um único chifre. Nessa passagem, o chifre está claramente no singular. Pense agora nisto: nosso Senhor Jesus Cristo é o Chifre da salvação – e não existe nada que possa prevalecer contra ele! Ele é capaz de arrancar e destruir todo o mal. Ele é o único que está no ataque. Ele é o único que consegue lidar com o nosso arquiinimigo. É o único que tem a vitória garantida. É o único que não pode ser derrotado em qualquer circunstância. Deus nos erigiu um Chifre de salvação!

Talvez você não fosse daquela época, mas nos primeiros dias do meu ministério, a igreja era muito mais vitoriosa do que esta que temos hoje. Fico então a perguntar: Será que o nosso Salvador perdeu o seu poder? O Chifre de salvação foi quebrado? O inimigo se tornou mais forte? Não! Deus erigiu um Chifre de salvação, e aquele chifre está tão afiado quanto sempre foi! Aquele que está segurando o chifre hoje é tão capaz de realizar a verdadeira salvação prometida quanto o foi em qualquer época de toda a história da humanidade. Bendito seja o Deus de Israel!

Portanto, o Messias já foi concebido. A redenção está a caminho. E, quando Zacarias se refere aqui à redenção, ele está falando do preço que foi pago. Nós fomos libertados. Satanás não nos tem mais sob o seu controle. Não estamos mais presos à sua coleira. Ele não está dando as ordens. Ele não está no comando.

Deus Não se Esquece

Observe que nesta passagem aparece a palavra “lembrar-se”. O versículo 72 diz: “... para usar de misericórdia com os nossos pais e lembrar-se da sua santa aliança”. Há certas ocasiões quando quase parece que o Senhor se esqueceu dos seus compromissos. Mas, apesar dos 400 anos de silêncio que precederam o nascimento deste filho de Zacarias, o Senhor não havia se esquecido.

Eu também, tendo recebido um encargo por avivamento desde a idade de doze anos, preciso encarar o fato, de tempos em tempos, de que Deus pode decidir não trazer uma nova visitação durante o tempo da minha vida. Isso, contudo, oferece-me alguma razão para afrouxar? Será que isso me dá motivo para relaxar e me esquecer do meu chamado? Eu vivo na esperança de que ele nos visitará ainda nesta semana. Porém, se ainda tivermos que esperar um bom tempo até que ele venha para o nosso meio como o Chifre de salvação e como o Sol nascente das alturas, devemos continuar perseverando fielmente. Sempre digo para os jovens que um encargo do Senhor é um encargo para toda a vida. Não o ponham de lado só porque não houve resposta ou resultado imediato.

Freqüentemente as pessoas me dizem: “Irmão Roberts, há quanto tempo você vem pregando a respeito desse assunto? Você não se sente desencorajado?” Que razão tenho eu para me sentir desencorajado? Eu não fui chamado para trazer o avivamento. Fui chamado para instar com o povo de Deus para que se arrependa e volte para ele. E, embora isso não tenha acontecido por atacado, dou graças a Deus pelas pessoas individuais que têm, de fato, ouvido e correspondido. Agora estou instando com você. Depois de colocar a sua cara nesta grande obra de rogar a Deus por sua visitação e de conclamar o povo de Deus para se preparar para a volta de Jesus, não deixe de lado esse encargo, aconteça o que acontecer!

O Juramento a Abraão Ainda Não se Cumpriu

Olhe outra vez para o versículo 70: “Como prometera... por boca dos seus santos profetas, para nos libertar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam; para usar de misericórdia com os nossos pais e lembrar-se da sua santa aliança...” (vv. 70-72). Essa vinda do Chifre da salvação, a visitação do Sol nascente das alturas tem a ver com uma aliança, a aliança que não pode ser quebrada: “... do juramento que fez ao nosso pai Abraão, de conceder-nos que, livres da mão de inimigos, o adorássemos sem temor, em santidade e justiça perante ele, todos os nossos dias” (vv. 73-75).

Essa profecia foi cumprida, por enquanto, apenas parcialmente. Israel ainda não se tornou, em toda a plenitude, a bênção prometida para as nações. Talvez você ainda não ponderou bem esse assunto, mas quero lembrá-lo que a Escritura nos diz claramente que chegará o dia em que a Igreja dos gentios provocará ciúmes em Israel. Não perca isso de vista. Você nunca encontrará na história passada uma ocasião em que essa palavra tenha se cumprido.

Na verdade, de modo geral, a Igreja dos gentios tem causado danos a Israel. Muitos judeus hoje não conseguem acreditar em Cristo porque não conseguem acreditar naqueles que professam amá-lo. Nas nossas circunstâncias atuais, não há nenhuma possibilidade lógica de esperar que qualquer judeu convicto seja provocado a ciúmes pela conduta da Igreja dos gentios. Só posso conceber um meio que Deus poderia usar para se manter fiel a essa aliança: avivar a nós, os gentios, ao redor de todo o mundo!

Que coisa maravilhosa imaginar a chegada daquele dia quando a Igreja que nós amamos e servimos provocará em Israel tamanho ciúme que eles dirão: “Isto não está certo. Antes de ser Messias para os outros povos, ele o é para nós. Não vamos deixar que os gentios tomem toda a bênção para si mesmos. Nós vamos participar dela também. Ela nos pertence, e vamos tomar posse dela!”

A igreja vai ter de mudar. Se não houvesse qualquer outra razão para sentir um encargo para buscar o avivamento, essa já seria suficiente para nos inflamar. Por que não suplicar a Deus por um avivamento que remodelasse a Igreja de Jesus Cristo de tal forma que fizesse os judeus reivindicarem a bênção para eles também? Que os levasse a participarem dessa bênção numa medida nunca antes vista na história? A aliança de Deus será mantida. Disso ninguém pode duvidar. A promessa de Deus é muito clara: através de Abraão e sua semente, todo o mundo será abençoado. Pela graça de Deus, isso vai acontecer. Que maravilha seria se nós tivéssemos o privilégio de fazer parte desse acontecimento incrível!

2. A Estrofe do Sol Nascente das Alturas

Voltamos agora à canção no versículo 76, na segunda estrofe, que expressa a alegria de Zacarias ao entender que a missão do seu filho seria preparar o caminho para que o Sol nascente das alturas visitasse os homens.

Você já meditou sobre esta frase: “... nos visitará o sol nascente das alturas”? Claramente o Chifre da salvação tem a ver com o inimigo, pois serve para derrotá-lo, colocá-lo para correr e garantir vitória para aqueles que são servos do Cristo vivo. Por outro lado, estamos vivendo indiscutivelmente numa época muito escura e precisamos da luz divina. Quando o Sol nascente das alturas nos visita, todas as coisas vão assumir uma aparência bem diferente. Coisas que parecem aceitáveis agora ficarão determinantemente inaceitáveis. Conduta que parecia perfeitamente inocente num piscar de olhos será vista em toda a sua maldade. Oh, que Deus nos dê esse dia quando seremos visitados pelo Chifre da salvação e o Sol nascente das alturas!

Quando Deus Visita

Quero falar de sete coisas que são indiscutivelmente afetadas quando Deus visita o homem. O Chifre da salvação e o Sol nascente das alturas certamente tocarão estas sete áreas que estão precisando desesperadamente de intervenção nas nossas vidas e na nossa sociedade.

1) Uma Mudança de Foco. A primeira coisa que acontece numa visitação divina é uma mudança instantânea de foco nas pessoas e no ambiente geral. As coisas estão fora de foco hoje em dia, não somente na Igreja como um todo, mas até em algumas das pessoas que estão lendo este artigo. Ficamos confusos sobre quais as verdadeiras questões que devem ser confrontadas. Tenho falado, com freqüência, sobre como distinguir entre o que é simplesmente um fruto e o que é a sua raiz. Ficamos, muitas vezes, todo agitados, discutindo sobre uma questão que é secundária, enquanto deixamos escapar a verdadeira raiz. Quando o Sol nascente das alturas traz a luz da verdade para brilhar sobre a nossa situação, as coisas entram bem rápido no foco certo.

É como acontecia com os fariseus. Eles tinham tudo fora do foco. Preocupavam-se com o material, com personalidades, com assuntos sem conseqüência. Parece que não conseguiam dar importância às coisas que eram essenciais do ponto de vista de Deus. A Igreja está investindo incontáveis horas de energia e incalculáveis recursos financeiros em coisas que simplesmente não têm importância da perspectiva divina.

Oh, que tivéssemos uma visitação do alto que fizesse com que todas as coisas entrassem no foco certo! Todos nós precisamos questionar a nós mesmos, na integridade dos nossos próprios corações: Será que eu estou com o foco certo? As coisas que estão no coração de Deus são as que afetam o meu? As mensagens que eu prego são a verdadeira Palavra de Deus? Quando falo, estou transmitindo o que veio do coração de Deus através do meu para alcançar o coração dos ouvintes, ou estou simplesmente comentando assuntos do interesse comum dos corações humanos?

Numa série de reuniões, recentemente, senti uma direção muito clara de falar sobre o homem que Deus escolhe. Senti um encargo muito grande para estudar o livro de Malaquias e dediquei longas horas para meditar cuidadosamente e orar sobre aquele livro. O que mais me impactou foi a questão do encargo do Senhor na vida de Malaquias quando este transmitia a palavra de Deus. Agora eu pergunto: Você sente o encargo do Senhor, suas palavras são conseqüência do impacto do coração de Deus sobre o seu, ou o seu encargo é falar a respeito do seu próprio encargo?

Com certeza, qualquer um de nós está sujeito a errar o alvo e perder o verdadeiro encargo de Deus, mas ah, como devemos ser persistentes no nosso estudo das Escrituras para podermos nos aproximar mais do coração de Deus, de tal modo que aquilo que pesa no coração dele seja o que pesa sobre o nosso e cause um forte impacto na igreja!

2. Santidade. A segunda área que sempre é tremendamente afetada por uma visitação divina é a da santidade. Como é que conseguimos separar a santidade de vida da justiça imputada que recebemos pela fé na salvação? Como é que alguém pode ter a justiça de Cristo creditada na sua conta e continuar vivendo sem qualquer preocupação com a santidade em sua vida? Como é que o nominalismo passou agora a ser chamado de Cristianismo, e o verdadeiro Cristianismo, que é santidade ao Senhor, passou a ser encarado como fanatismo? Oh, que venha uma visitação divina que ponha a questão da santidade no foco certo nas nossas vidas, de tal modo que acreditemos de verdade nas palavras: “Sede santos, porque eu sou santo” (Lv 11.44)!

Quero rogar a você, leitor, que leve a sério essa questão da santidade. Quando Deus vem em uma dessas visitações, tão necessárias e, também, tão maravilhosas, a santidade imediatamente vem à tona. Não é maravilhoso até mesmo relembrar os encontros de homens com o Deus santo, nas Escrituras, quando clamavam: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros e de coração impuro! Afaste-se de mim! Não sou digno!”? Oh, que venha este dia quando o Chifre da salvação arrancará dos nossos corações o amor pelo pecado, e quando o Sol nascente das alturas de tal modo brilhará sobre nós que até a menor manchinha de pecado dentro de nós será exposta à luz, levando-nos ao arrependimento mais profundo e urgente que há muito tem faltado dentro da igreja! Que assim, finalmente, a graça de Deus seja plenamente manifesta entre nós!

3) Tolerância com o pecado. A tolerância com o pecado está obviamente ligada à santidade, mas quero tratá-la aqui como um assunto separado. Tolerância com o pecado é uma área muito afetada quando há uma visitação divina. Todo o Salmo 51 é uma confissão e uma oração de Davi, mas vejamos em especial as palavras do versículo 4: “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos”. Tornamo-nos tolerantes em relação ao pecado porque deixamos de manter constantemente diante de nós a convicção de que é contra Deus que pecamos.

Alguém poderia até argumentar com Davi e dizer: “Davi, como é que você pode dizer ‘pequei contra Deus e somente contra Deus’, quando, na verdade, você pecou contra Bate-Seba, contra a sua própria família, contra o marido dela, ao ordenar a sua morte, contra a nação sobre a qual Deus o colocou para reinar e contra o seu próprio corpo, já que cometeu um pecado sexual? Como você pode dizer: ‘Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mal perante os teus olhos’?”

Ele disse isso porque entendeu uma coisa facilmente esquecida por nós: o grande mal de todo o pecado consiste no fato de ser praticado contra Deus. Quando Deus parece estar bem longe, quando já faz muito tempo que não nos visita, é muito fácil, na nossa displicência, esquecer que todo pecado é contra ele. Mas quando ele nos visita, torna-se extremamente claro que o grande mal de todos os nossos pecados consiste, isto sim, no fato de serem praticados contra Deus.

Alguma vez, você já parou para pensar sobre essa afirmação e para relacionar as razões por que o seu pecado é contra Deus? Seria um exercício muito proveitoso. Deixe-me ajudá-lo com um ou dois pontos iniciais.

Em primeiro lugar, todo pecado é contra a soberania de Deus. Ele é quem governa, não você. Todos os direitos são dele, não seus. Ele é quem estabeleceu os mandamentos. Ele é quem estabeleceu qual conduta é aceitável e qual é inaceitável. Quando você peca, é como se você levantasse o seu punho no rosto de Deus e dissesse: “Eu faço o que quero. Na parte que me toca, tu não és o Deus soberano”.

Um outro ponto é que todo pecado é contra a criação de Deus. Na passagem de Romanos 8.19-22, Paulo deixa muito claro que o pecado de Adão afetou toda a criação, de tal modo que a criação inteira geme até agora como se estivesse em dores de parto – aguardando o quê? É muito sério entender que o pecado de Adão fez com que todo o propósito criativo de Deus entrasse num compasso de espera. Ah, se pudéssemos nos unir com as árvores, e as rochas, e os rios, e as montanhas num profundo clamor pela restauração da justiça, a fim de que a criação voltasse ao caminho original, e todas as coisas em todo o universo louvassem ao Senhor!

Todo pecado é contra Deus. Guarde isso no coração e deixe que o comova. Uma visitação da parte de Deus sempre afeta profundamente a nossa tolerância do pecado.

4) Arrependimento. Em quarto lugar, é absolutamente garantido que uma visitação divina afetará a nossa visão do arrependimento. Vivemos numa época quando multidões de pessoas nem mesmo sabem usar a palavra arrependimento. Mas, quando Deus se aproxima, o arrependimento se torna uma questão muito urgente. Você não consegue apresentar uma desculpa qualquer e o colocar de lado. É algo que você sabe que precisa fazer e com urgência, pois do contrário estará em dificuldades eternas, sem escapatória. Tenho pregado centenas de vezes sobre arrependimento sem nenhum impacto visível sobre o nosso contexto geral. Mas, um dia, o Sol nascente das alturas nos visitará, e toda a Igreja de Deus se apressará a se arrepender. Oh, que isso aconteça logo!

5) Liderança do Espírito Santo. Essas visitações divinas causam um grande impacto sobre o nosso interesse e alegria na liderança do Espírito Santo e na nossa abertura e submissão a ela. Oh, que venha o dia em que as palavras de João Batista sejam uma realidade para nós: “Eu os batizo com água para arrependimento, mas depois de mim vem alguém... ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3.11, NVI)! O batismo com fogo é um batismo de pureza e paixão.

Paixão! Você a tem? Oh, que o Sol nascente das alturas nos visite, e que cada pessoa possa conhecer poder, pureza e paixão, à medida que o Espírito Santo faz o seu grande trabalho em cada um de nós!

6. Amor Apaixonado. Visitações divinas sempre nos levam ao primeiro amor. Uma jovem uma vez me perguntou: “Sr.Roberts, por que é que quando um avivamento chega a uma igreja, a única coisa que a igreja quer fazer é orar?” Eu lhe respondi: “Você já se apaixonou por alguém?” Ela se voltou, corada, e, levantando seu dedo, mostrou-me uma aliança de noivado. “Ah, então”, eu lhe disse, “você respondeu a sua própria pergunta. Você sabe o que acontece quando está apaixonada. Você quer passar todo o tempo que puder com a pessoa que ama.” Nenhum sacrifício é grande demais. Quando acontece uma dessas preciosas visitas do alto, existe amor, um banho de amor – amor por Deus, amor uns pelos outros e amor por um mundo perdido.

7. Devoção no Serviço. Quando o Sol nascente das alturas nos visita, há uma devoção no serviço, não para as obras mortas que são parte integrante da vida da igreja hoje, mas no serviço que é ungido pelo Espírito Santo e usado poderosamente por ele. Há uma passagem muito profunda em Hebreus 6 a respeito do arrependimento de obras mortas. Está na lista dos fundamentos da doutrina. A igreja moderna está sobrecarregada de obras mortas.

Oh, que uma visitação do alto dê vida a tudo o que estamos fazendo! Se você estudar a história dessas poderosas visitações de Deus no passado, descobrirá que quase toda reforma e mudança importante na nossa sociedade veio como resultado de uma visitação divina, quando homens e mulheres puderam ver as coisas com o mesmo foco de Deus.

Exatamente agora precisamos de uma visita do Chifre da salvação e do Sol nascente das alturas. Sabemos que precisamos dela. Mas será que sabemos que precisamos dela tão intensamente que nada mais realmente tem importância e que tudo o que é irrelevante e inconseqüente deveria ser posto de lado? Oh, que possamos atingir aquele ponto no qual não conseguimos mais viver sem a presença real do Chifre da salvação e do Sol nascente das alturas!

Oração

Acreditamos honestamente, Pai, que além da nossa necessidade desesperada, além dos nossos santos anseios, o maior incentivo que poderíamos apresentar diante de ti, para pedir uma visitação divina, é a glória que te pertence e que te será entregue quando estiveres em nosso meio. Permite, ó Deus, que vivamos para ver, para experimentar e para caminhar no meio da tua Presença na Igreja – que é a glória do Rei Jesus. Amém.


Richard Owen Roberts é autor, conferencista e estudioso de longa data de avivamentos espirituais. Este artigo foi adaptado de uma mensagem na conferência “Heart-Cry For Revival” (Clamor do Coração por Avivamento) em abril de 2006, na Carolina do Norte, EUA.







por Richard Owen Roberts

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Mulheres Fortes e Homens Fracos

A questão do papel da mulher na família é mais profunda e abrangente do que se imagina. Minimizá-la, simplesmente declarando que a mulher deve parar de trabalhar fora e voltar para casa, torna-a mais grave ainda. Homem e mulher foram criados para agir juntos e num só propósito desde que seja o que foi determinado pelo Criador.


Características diferentes, mas complementares



Voltando ao princípio, no livro de Gênesis, vemos a mulher sendo criada do interior do homem. Deus fez cair profundo sono sobre o homem, tirou-lhe uma das costelas para formar a mulher e, depois, levou-a para ele (Gn 2.18-25). Por isso, ela possui características internas mais acentuadas que a tornam mais afetiva, carinhosa e amorosa do que o homem. Deus mandou o homem amar a mulher, não a mulher, o homem, porque ela já sabe amar e repartir amor.



Observe um homem e uma mulher segurando um bebezinho. Enquanto ela o aconchega no seio, para dentro de si, o homem tende a erguê-lo nas mãos e exibi-lo no ar, para fora. São essas características mais voltadas para dentro que fazem com que a mulher sinta necessidade de ser amada, protegida e guardada pelo homem. Portanto, submissão na Bíblia não significa repressão, mas proteção.



Outra característica da mulher é possuir uma visão múltipla das coisas, capacitando-a a enxergar detalhes que passam despercebidos ao homem. O homem, em contrapartida, tem dificuldade para localizar bem as coisas. A mulher pode dar detalhes (lado direito ou esquerdo, em baixo, em cima), mas ele não enxerga o objeto se não estiver exatamente no ponto mencionado. É a mulher que gosta de olhar todas as vitrines do shopping para decidir que roupa vai comprar e experimentar vários pares de sapatos antes de decidir-se por um. Já o homem procura uma loja e vai direto ao ponto. Isso acontece porque ele possui uma visão única e focaliza a atenção num só ponto. Sem uma visão precisa, jamais poderia ser um bom guerreiro. Deus o fez assim, e esse é um de seus pontos de distinção, não de imperfeição como pensam algumas mulheres.



Vemos assim que, no princípio, Deus criou o homem e a mulher para serem uma só carne, mesmo sendo ela mais afetiva, e ele, mais guerreiro. O homem foi encarregado de matar o inimigo e retornar ao lar para descansar da guerra, receber carinho e reconhecimento da mulher. A mulher, por outro lado, não possui a característica de sair e enfrentar os perigos; por isso, é importante que não saia sem proteção.



Com isso, não estou, de forma alguma, defendendo a ideia retrógrada de que a mulher deve ficar em casa e não trabalhar fora. Deixo apenas um alerta de que, desde que se iniciou a guerra dos sexos, com a queda do homem (divisão evidenciada nas vestes que lhes foram dadas no jardim), a mulher abandonou seu papel de honrar o homem e submeter-se a ele e, por isso, ficou confusa quanto ao seu chamado. Tornou-se vulnerável e desprotegida. Sua identidade depende de estar inserida em seu lugar, trabalhando fora ou não. Do contrário, torna-se mais exposta aos ferimentos da alma, à repressão, ao vazio e à insegurança.



É verdade que, durante séculos, no passado, as mulheres foram prejudicadas com atitudes incorretas dos homens. Na cultura judaica, elas eram proibidas até de entrar nas sinagogas; em outros países, só andavam alguns metros atrás dos homens; não tinham direito nem de votar além de tantas outras coisas. Surgiu, então, o movimento feminista como uma tentativa de mostrar que não são, em nada, inferiores aos homens.


O erro das mulheres e o erro dos homens



Satanás agiu com astúcia, usando as feridas das mulheres (pois não desperdiça brechas) para dar-lhes uma “solução”. Induziu-as a buscarem autorrealização e autoafirmação por meio de recursos próprios, principalmente no que se refere a sucesso profissional e sensualidade (a experiência com vários parceiros é uma ilusória e errônea procura por proteção e carinho, pois, quanto mais agem assim, mais vazias e solitárias se sentem).



Eis o segredo para entender essa situação caótica. A partir do momento em que procurou realização e felicidade, utilizando recursos próprios e distantes dos propósitos de Deus, a mulher acabou cometendo dois grandes erros.



Em primeiro lugar, ao abandonar seu papel de honrar, respeitar e suprir o marido, a mulher pecou contra todos os homens. Eles necessitam de respeito e honra, pois são valores importantes que os motivam a continuar a luta em favor da família. Homens desmotivados abandonam o posto, permitindo que outros façam seu trabalho.



Ao mesmo tempo, o erro da mulher é contra Deus, pois, ao procurar outra fonte de realização que não seja ele, comete o pecado de idolatria. Elas escolhem o que lhes parece melhor e o executam. Antes, ocuparam o lugar do homem; agora, ocupam o de Deus.



Jeremias 2.13 exemplifica perfeitamente esses dois tipos de pecado. Deus diz ao profeta que o povo de Israel fez duas maldades: “a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas”. Não é exatamente isso o que as mulheres fizeram quando se sentiram injustiçadas, maltratadas e abandonadas pelos homens e resolveram dar a volta por cima? Esse pecado tem um nome bíblico, idolatria, e encontra-se no mesmo nível do pecado de feitiçaria (1 Sm 15.23; Gl 5.20).



Não estou acusando as mulheres por todo esse caos da degradação das famílias e suas conseqüências negativas que tanto afligem a sociedade. Achar os culpados não traz solução ao problema, mas, sim, encontrar as brechas e fechá-las mesmo que não tenha sido eu que as abri.



Como o homem reagiu diante dessa atitude? O guerreiro criado para governar e dominar a terra inconscientemente usou a ira, dada por Deus para matar o inimigo, contra a própria mulher. Seu pecado não é diferente do pecado da mulher. Ao procurar ser vencedor e realizar-se com recursos próprios, cometeu o mesmo pecado de idolatria.


Resultados desastrosos



As consequências de todo esse processo têm sido várias e seríssimas. A busca de poder e realização fora dos propósitos de Deus, tanto do homem quanto da mulher, produziu resultados desastrosos para a família e para todo o plano de Deus. Um dos resultados foi a repressão das mulheres por parte dos homens a ponto de serem anuladas e desprezadas na sociedade. Outro foi a rebelião das mulheres contra a autoridade masculina. Sua busca por realização, sem a proteção dos homens, gerou mulheres fortes, independentes e dominadoras, mas feridas e solitárias.



O aumento da presença dessas mulheres em todos os setores profissionais tornou-se uma ameaça aos homens; elas fazem o trabalho deles “melhor” e mais barato enquanto eles se tornam mais passivos e acomodados. A imagem forte das mulheres faz com que os filhos prefiram seguir suas pegadas, gerando desprezo pelo pai e até por sua sexualidade. Os filhos homens escolhem a companhia da mãe, pois recebem dela o suprimento que o pai não consegue lhes dar; admiram e preferem o desempenho e imagem dela. Isso acarreta em maior distanciamento do pai, a principal pessoa, escolhida por Deus, para transmitir-lhes sua identidade.



Uma desordem produz outras. Se não for colocado um ponto final em tudo, será impossível saber como era no início. Hoje, muitas mulheres querem ser homens, e muitos homens querem ser mulheres. E Satanás se regozija, pensando que impedirá a realização do propósito de Deus na Terra.



Tendo seu entendimento obscurecido pelos ídolos, homem e mulher não compreendem que ambos estão deslocados das funções que lhes foram designadas. Há uma só saída: voltar ao início, às origens. Quanto mais procurarmos soluções humanas, mais nos afastaremos dos caminhos de Deus; quanto mais nos afastarmos desses caminhos, mais infelizes e incompletos seremos.



O que fazer?



Urge a necessidade de um genuíno arrependimento de todos nós. Necessitamos do derramar do Espírito em nosso coração produzindo quebrantamento e mudança de rumo. No entanto, para que isso aconteça, todos os que anseiam por tal acontecimento precisam permitir a ação do Espírito na própria vida. Então, veremos o Senhor mover-se em toda a Terra – um grão de trigo que morre para que muitos outros surjam.



Ouso declarar que Deus frustrará, nesta geração, todos os intentos de Satanás. No mover de Deus nos últimos dias, a identidade das mulheres será restaurada. Elas ocuparão, com contentamento, seu lugar de auxiliadora idônea, enquanto os homens conquistarão, com eficácia, toda a área ocupada pelo inimigo. Sonho com ajuntamentos solenes em que as mulheres, prostradas e arrependidas, pedirão perdão a Deus e aos homens por terem tentado tomar seu lugar; perdão por terem buscado realização e felicidade com recursos próprios e independentes de Deus.



Sonho com ajuntamentos solenes em que os homens pedirão perdão a Deus e às mulheres por terem sido frios e indiferentes, por não terem sido homens segundo o propósito divino. A restauração da Igreja depende da conversão da esposa ao marido e do maridos à esposa; da conversão dos pais aos filhos e dos filhos aos pais. A restauração da Igreja depende da restauração da família.



Vandir Neuza atua no ministério de intercessão e ministra como facilitadora,
trabalhando na restauração da família, junto com seu marido Wilson, na cidade de Goiânia, GO.
Foram presenteados com dois filhos, dois netos, genro e nora.






por Vandir Neuza de Lima Costa-fonte revista impacto

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

mensagem de salvação


SALVAÇÃO É UM DOM GRATUITO !

Deus o ama e deseja que você saiba que a salvação não é pelas obras, é um dom. O caminho da salvação provido por Deus é receber a Cristo pessoalmente, confiando nele somente para nos salvar.

Romanos 6:23: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor." Não podemos fazer-nos "dignos" da graça de Deus. Salvação é um dom gratuito ao indigno, ao que não merece, e todos nós estamos nesta categoria. "Cristo morreu pelos ímpios" Romanos 5:6. Efésios 2:8, 9: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie."

NECESSITAMOS DE UMA NOVA NATUREZA !

Deus o ama e deseja que você saiba que há somente um caminho para a salvação, e esse é mediante o nascer de novo. João 3:7: "Importa-vos nascer de novo." João 1:12 diz-nos como. "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome." Aceitar a Jesus é a única maneira de nascer de novo. Não somos filhos de Deus por natureza. Devemos receber a Cristo a fim de nos tornarmos filhos de Deus.

Somente Jesus pode limpar os nossos pecados e mudar nossa natureza; 1 Pedro 2:24: "Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados." Jesus tomou nosso lugar e derramou seu sangue a fim de nos lavar os pecados. Quantia alguma de "boas obras" pode lavar um único pecado ou trocar nossa natureza.

Salvação ocorre quando clamamos a Jesus, crendo, para nos salvar. Então ele entra em nossa vida e nos tornamos filhos de Deus com uma nova natureza. Embora a salvação não seja pelas obras, a salvação verdadeira sempre produz mudança de vida. Cristo entra mediante convite pessoal, como Senhor e Salvador para mudar nossa vida e viver sua vida por intermédio de nós.

A SALVAÇÃO É INSTANTÂNEA !

Deus o ama e deseja que você saiba que a salvação é instantânea. No momento em que nos arrependemos, que deixamos nossos pecados e nos voltamos para Jesus, ele nos salva. Como diz o hino: "Tal qual estou, eis-me aqui Senhor, pois o teu sangue remidor..." Cristo disse ao ladrão não batizado e não salvo, na cruz, (uma resposta instantânea de salvação ao clamor confiante do ladrão): "Hoje estarás comigo no paraíso" -- Lucas 23:43. (Paraíso é o mesmo lugar que Paulo viu como o céu de Deus, 2 Coríntios 12:2-4.) Jesus garantiu a salvação de uma prostituta: "A tua fé te salvou; vai-te em paz" -- Veja Lucas 7:50. Salvação instantânea!

A salvação inclui o aceitar a Jesus Cristo tanto como Senhor (Deus, Senhor, novo gerente de nossa vida) e Salvador. Envolve a crença de coração (o centro de nosso ser que rege, governa e escolhe). Romanos 10:9: "Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos serás salvo."

A SALVAÇÃO É SIMPLES !

Deus o ama e deseja que você saiba que a salvação é simples. Romanos 10:13: "Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo." "O sangue de Jesus, seu Filho, [de Deus] nos purifica de todo pecado" -- 1 João 1:7. Devemos, pessoalmente e com fé, clamar a Jesus para nos salvar. É assim que o recebemos. Se clamarmos assim, ele deve salvar-nos, ou Deus estaria mentindo, e Deus não pode mentir. Se Jesus nos amou a ponto de morrer para nos salvar, então desapontar-nos-ia quando invocássemos o seu nome? É claro que não! Deus o ama e deseja que você seja salvo. Você gostaria de receber Jesus como seu Senhor e Salvador neste instante? Eis uma oração que você pode fazer agora mesmo com todo o coração: "Senhor Jesus, entra em meu coração e em minha vida. Lava-me de todo pecado com teu sangue vertido. Faze-me um filho de Deus. Dá-me teu dom gratuito de vida eterna, e faze-me saber que estou salvo, agora e para sempre. Agora recebo-te como meu único Senhor e Salvador pessoal. Em nome de Jesus. Amém." Jesus o salvou ou ele mentiu? Ele tinha de fazer uma das duas coisas. Segundo Romanos 10:13, se você invocou, crendo Nele, Ele o salvou e você está limpo de seu pecado.

A SALVAÇÃO É CERTA !

A pessoa pode saber que é salva não simplesmente pelo sentimento, mas porque a Palavra de Deus o afirma! Decore João 3:36: "Quem crê no Filho tem a vida eterna." O que é que você tem neste instante, segundo a Palavra de Deus? Para onde você iria se morresse neste instante, segundo a Palavra de Deus? "(Porque andamos por fé, e não por vista). Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor". (2 Coríntios 5:7,8) Se agora você sabe que Jesus o salvou, segundo sua palavra, por favor, tire alguns instantes agora e agradeça-lhe em voz alta o tê-lo salvo enquanto oramos. 1 João 5:13: "Estas cousas vos escrevi a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus."

SALVAÇÃO É CRER !

Escolha crer em Cristo, com sentimentos ou sem eles, e Ele lhe provará Sua realidade à medida que você der o passo da fé, crendo que Ele cumpriu Sua palavra e o salvou. Três homens entram no mesmo elevador e querem ir para o sétimo andar. Um sorri, outro chora, outro tem o rosto impassível, sem emoções. Todos os três chegam ao sétimo andar, a despeito de seus sentimentos, porque acreditaram no elevador e se entregaram a ele. Assim também acontece com a confiança em Cristo -- com sentimentos ou sem eles. Ele o salvará instantaneamente e o levará aos céus.

A realidade de sua salvação mostrar-se-á em sua reação de amor em obediência ao seguir a Jesus Cristo. João 14:23: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra." Se você realmente foi salvo, você obedecerá! Entre outras coisas, isto significa que você sairá da frieza espiritual e seguirá ao Cristo bíblico! A salvação verdadeira produz boas obras e obediência a Cristo Trabalhar pela salvação mostra incredulidade na suficiência de Jesus Cristo para nos salvar. Entretanto, a salvação verdadeira e a verdadeira fé, sempre produzem boas obras! Tiago 2:20: "Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras é inoperante?"

Macieiras produzem maçãs. Os cristãos verdadeiros produzem boas obras. As maçãs são produtos da árvore e provam que é uma macieira. Mas já era macieira antes de produzir maçãs. Da mesma forma, as boas obras nunca produzem um cristão; meramente provam que essa pessoa é cristã. De acordo com 2 Coríntios 5:17: "E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as cousas antigas já passaram; eis que se fizeram novas."

Devemos ter a salvação a fim de demonstrá-la, assim como devemos ter o carro antes de podermos demonstrá-lo!

(Extraído: Pr. Floyd).

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Assista ao Vídeo! Mulher testemunha sua reconciliação com Cristo

Assista ao depoimento de Nilma Gomes. Ela relata que por sentir-se desanimada acabou afastando-se da presença de Deus e também da Igreja Universal do Reino de Deus.

Longe dos caminhos do Senhor, ela envolveu-se com amizades erradas e em uma ocasião ficou até 5 dias fora de casa, bebendo e prostituindo-se.

No dia seguinte após ficar tão bêbada e drogada, a ponto de não conseguir ficar de pé, Nilma recebeu a visita de um grupo de voluntários da Igreja, que a convidou a voltar para a presença de Deus.

Participando das reuniões a vida dela foi transformada. “Hoje eu sou feliz, não tenho mais vontade de sair para festas, pelo contrário, eu sou muito caseira. Sou casada, tenho dois filhos lindos, uma vida completa com o Senhor Jesus”, conta. Confira:

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Família Como Base no Plano de Deus




Somos acostumados a preferir a rotina e descartar o inédito, pois gostamos de deter o controle das coisas. Isso também se aplica ao nosso encontro com o Senhor por meio da morte, ainda que não tenhamos controle sobre ela. Por ser inexorável e aplicável a todos, é também previsível, o que nos permite certa preparação. Contudo, temos de considerar que existe, além de passar pela morte, outro evento que pode levar-nos ao encontro com Deus: a volta de Jesus. É chegada a hora de inserir essa alternativa muito real em nossa agenda e ver como devemos preparar-nos para ela.

É exatamente sobre isso que queremos refletir nessa nova série de artigos.

Deus propôs o cumprimento da história em etapas conexas. Assim foi a criação, o dilúvio, a formação da nação de Israel, a encarnação de Jesus e o surgimento da igreja. O próximo grande evento que teremos pela frente é o retorno de Jesus, tão factual quanto foi sua encarnação.

Se, de fato, cremos na Bíblia como Palavra de Deus, devemos considerar a profecia como história a se cumprir com a mesma credibilidade que damos à história já realizada. Assim como Deus prometeu enviar-nos o Messias e o recebemos na encarnação, nascido de Maria em Belém há dois mil anos, do mesmo modo haveremos de recebê-lo em regresso.

Do ponto de vista da fé, não há como separar um evento do outro, pois crer no primeiro implica também crer no segundo, pois são indissociáveis. Costumo recorrer ao exemplo dos dois tempos de uma partida de futebol que, embora separados por um intervalo, fazem parte de uma mesma partida. Assim, agora estamos no intervalo entre a encarnação e o retorno de Jesus, que fazem parte, na realidade, de um mesmo evento: o da presença de Jesus aqui na Terra.

Todos os eventos significativos de intervenção divina na história aconteceram com base na família. Do princípio ao fim, ela está presente na estratégia de Deus para levar a cabo o seu propósito. Só para lembrar, vamos rever a sequência histórica.

Na criação, o plano divino exposto a Adão seria totalmente inviável sem a família para levá-lo adiante. O mesmo se aplica a Noé após sua preservação, com a família, no dilúvio. Posteriormente, Deus chamou Abrão, que formou uma família com Sara a partir da qual vieram Isaque e todos os patriarcas que deram origem à nação de Israel. A organização da nação se baseou em famílias, o que ficou notório por ocasião da saída do Egito, quando se reuniram na noite pascal para partirem em direção à Terra Prometida. Uma vez lá, distribuíram-se em uma federação de famílias como se fossem os estados modernos daquele território. Depois do exílio na Babilônia, o regresso de lá também se deu por meio da organização em famílias, que ainda serviu de base ao trabalho de reconstrução dos muros e restauração da cidade.

Quando chegou, posteriormente, o tempo da encarnação, não poderia ser diferente: o caminho também foi escolhido por meio da família. Chama a atenção que Deus só se dirige à Maria, por intermédio do anjo, para anunciar-lhe a própria gravidez, mas depois trata diretamente com José, reconhecendo a estrutura familiar e a autoridade patriarcal para todas as demais orientações.

Quando da vinda do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, a profecia escolhida para explicar o que estava acontecendo foi a de Joel, que salienta os papéis familiares: [Pais] vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias...” (At 2.17,18). Vemos aqui a descrição da família. Dentre as muitas profecias que há sobre a vinda do Espírito Santo, essa foi escolhida de propósito para anunciar o inicio da Igreja, pois apenas ela alude com clareza à família. Em seguida, vemos que a Igreja se expandiu levando em consideração a família, tendo nos lares sua base operacional missionária. Até mesmo o vocabulário para descrever as relações pessoais afetivas de fé é importado da família, como irmão, pai, mãe, etc.

O próximo grande evento que aguardamos na história é a volta de Jesus. Se em todas as outras ocasiões, Deus interveio usando a família para dar sequência ao seu plano, seria coerente que agora escolhesse o mesmo instrumento para isso. É assim que as profecias relatam esse evento.

Haverá uma preparação anterior à volta de Jesus que se entende como restauração. Em Atos 3.21, por exemplo, lemos que os céus estão retendo ou impedindo a volta de Jesus até a restauração de todas as coisas. O próprio Jesus também mencionou a restauração vinculada a um ministério precursor à semelhança de João Batista. Fazendo uma releitura ampliada da profecia de Malaquias (4.4-6), associando o ministério de Elias ao de João Batista, ele chamou a restauração do coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais de restauração de todas as coisas.

Juntando essas três passagens, é razoável pensar que a volta de Jesus será precedida pela restauração de todas as coisas, que inclui a Igreja. Contudo, ela se inicia pela família, cujo ponto de partida se dá na restauração de paternidade e filiação. A restauração da família precede a da Igreja. Portanto, não haverá Igreja restaurada sem que antes haja famílias restauradas que a possam abrigar, como foi no início pós-Pentecostes.

Uma figura que pode ilustrar essa situação é a ostra e a pérola. A pérola natural é formada no interior de uma ostra, produzida a partir de um ferimento. Fora da ostra, qualquer pérola é fruto de produção humana e artificial. De igual modo, a Igreja precisa nascer da família e ser protegida por ela. Ao contrário do pensamento de que a família precisa da Igreja, na verdade, é a Igreja que precisa, em primeiro lugar, da família.

Nos próximos artigos da série, queremos examinar com mais detalhes esses aspectos da intervenção de Deus por meio da família em cada etapa da história, abordados de maneira resumida nesta introdução. fonte revista impacto

por Pedro Arruda